Ronald Matheus, do Colônia AC, gastou o vocabulário de baixo calão ao reclamar da arbitragem de Colônia x Observa Rio, pelo Amador da Capital Sub-17. Por conduta contrária à disciplina ou à ética desportiva, a Primeira Comissão Disciplinar, na tarde desta segunda-feira (12), suspendeu o jogador em duas partidas.
A partida, que ocorreu em 13 de julho, transcorria normalmente quando, aos 70 minutos de jogo, após a marcação de uma falta a favor do Observa Rio, Ronald se dirigiu ao árbitro de maneira desrespeitosa para contestar, dizendo: “não foi falta não, c******, p****, vai tomar no c*, p****. Só marca falta para eles, c******. Arbitragem de merda”. Ao receber o cartão vermelho direto, o jogador continuou: “árbitro de merda, não vou sair de campo, quero ver me tirar, filho da puta”, sendo contido pelo quarto árbitro e integrantes da comissão técnica.
Para a Procuradoria, a conduta não condiz com a ética e a disciplina do desporto, motivo pelo qual denunciou Ronald nos termos do artigo 258 §2º II do CBJD, “desrespeitar os membros da equipe de arbitragem, ou reclamar desrespeitosamente contra suas decisões”, pedindo que ele fosse penalizado por tais práticas. A Comissão, em unanimidade, atendeu e suspendeu o jogador em duas partidas.
Sampaio Corrêa x Friburguense – Série B1/B2 Sub-15 – 14 de julho
Pedro Lucas, atleta do Sampaio Corrêa, foi incurso por “praticar agressão física”, conforme prevê o artigo 254-A do CBJD. De acordo com a súmula, o jogador foi expulso aos 43 minutos de jogo, após receber o cartão vermelho direto por agredir com uma cotovelada o rosto do adversário.
A capitulação foi desclassificada para o caput, “jogada violenta” e Pedro Lucas foi suspenso em três partidas.
Tigres do Brasil x Serra Macaense – Série B1 Profissional – 14 de julho
Vagner de Souza foi denunciado nos termos do artigo 254-A do CBJD, mas o procurador da sessão, Igor Victorino Pereira, pediu a desclassificação para o artigo 250, “ato desleal ou hostil”. A Comissão acolheu e puniu Vagner em um jogo.
O atleta do Tigres do Brasil atingiu com as duas mãos um tapa no peito de um jogador do Serra Macaense, fora da disputa de bola. Pela atitude, Vagner recebeu o vermelho direto, aos 29 minutos.
Tigres do Brasil x Serra Macaense – Série B1 Sub-20 – 14 de julho
Um tapa no rosto do adversário, dentro da própria área pena e com a bola em posse foi o suficiente para o árbitro aplicar o cartão vermelho direto a Samuel Augusto, aos 33 minutos do segundo tempo.
Pautada pela súmula, a Procuradoria entendeu que a ação do jogador do Tigres foi intencional para agredir fisicamente o atleta do Serra e acusou Samuel nos termos do artigo 254-A do CBJD. A defesa do atleta discordou.
– Ele protegeu a bola e o atleta atingido estava atrás dele e não ao lado. Ele sequer olhou para o atleta para dar o suposto tapa. A súmula é bem clara – disse o advogado Mauro Chidid após apresentar prova de vídeo com o lance em julgamento.
A Comissão então, por unanimidade, desclassificou para o artigo 254 e puniu Samuel em apenas uma partida.
Maricá x Casimiro de Abreu – Série B2 Sub-20 – 14 de julho
A única absolvição da sessão, e por unanimidade, foi para Pedro Henrique, atleta do Maricá, que foi denunciado duas vezes no artigo 250 do CBJD.
Na peça acusatória, a Procuradoria sustenta que houve duas práticas de conduta desleal onde o jogador agiu de forma intencional ao tentar parar a jogada.
“Conforme se depreende da simples leitura da súmula da partida, o atleta denunciado foi expulso em decorrência do segundo cartão amarelo por impedir um contra-ataque da equipe adversário ao dar um puxão no oponente. Restou evidente que o denunciado praticou duas vezes a mesma conduta desleal e contrária à ética e disciplina desportiva, tendo em vista que este impediu propositadamente a progressão do atleta em uma jogada ao puxar a sua camisa, bem como quando empurrou o rosto do mesmo”, traz a procuradora Rita de Cássia de Lima Trindade na denúncia.
Nova Cidade x Olaria – Série B1/B2 Sub-15 – 7 de julho
Quando estava próximo à linha lateral do campo de defesa do Nova Cidade, aos 53 minutos de jogo, Guilherme de Oliveira, do Olaria, acertou um soco no peito do oponente e foi punido com o cartão vermelho direto.
Na denúncia Guilherme foi acusado de agressão física, pelo artigo 254-A, mas a Comissão desclassificou para o caput e aplicou duas partidas de suspensão.
Nova Cidade x Olaria – Série B1 Sub-20 – 13 de julho
Também em um jogo entre Nova Cidade e Olaria porém agora pela B1 Sub-20, houve uma expulsão. Trata-se de Leonardo Vinicius, da equipe mandante, que atingiu o adversário com uma solada, aos 47 minutos da etapa final, o que gerou o segundo amarelo.
Respondendo pelo artigo 254 do CBJD, Leonardo foi punido apenas com um jogo de gancho. A decisão foi unânime.
Maricá x Rio São Paulo – Série B2 Profissional – 14 de julho
Foi suspenso em dois jogos, por unanimidade, Philippe de Moura, atleta do Rio São Paulo. A Comissão, por unanimidade, considerou justa a punição ao atleta que agarrou o adversário para impedir uma oportunidade clara e manifesta de gol. PH foi expulso de forma direta aos 78 minutos de jogo.
“O ato desleal, como o próprio nome sugere, traz em si uma ideia de malícia, de aproveitamento indevido de situações de contrariedade às regras de disputa de jogo. Por um imperativo lógico, deve se representar uma conduta contrária àquela que seria tida como leal”, escreveu a procuradora Rita de Cássia na denúncia ao imputar a Philippe o artigo 250 do CBJD.
Barcelona x São Gonçalo – Série B1/B2 Sub-17 – 14 de julho
Aos 49 minutos de jogo, com o segundo amarelo, Rian Pablo teve que deixar o campo. O jogador do Barcelona agarrou o adversário que saía em contra-ataque.
Rian, respondendo pelo artigo 250 do CBJD, foi suspenso em uma partida, por unanimidade de votos.
Bela Vista x Gonçalense – Série B1/B2 Sub-15 – 14 de julho
Após uma falta para o Bela Vista, aos 12 minutos do segundo tempo, João Victor, do Gonçalense, atingiu o adversário Thuan Almir com um chute no pé, que revidou dando uma cabeçada no rosto. Ambos foram expulsos com vermelho direto.
A Procuradoria denunciou ambos no artigo 254-A e a Comissão, por unanimidade, aplicou quatro partidas para cada.
Elise Duque/Assessoria TJD-RJ
