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7 de Abril é desclassificado por não comparecer ao jogo

4ª Comissão Disciplinar do TJD-RJ puniu o clube no Estadual Sub-17 Feminino

18/11/2025

7 de Abril é desclassificado por não comparecer ao jogo

O 7 de Abril foi desclassificado do Estadual Sub-17 Feminino, além de receber um multa, por não comparecer ao jogo para enfrentar o Pérolas Negras, no dia 26 de outubro. Por maioria da 4ª Comissão Disciplinar Regional do Tribunal de Justiça Desportiva, a equipe foi punida no Artigo 203 do CBJD.

O clube recebeu o W.O. e foi eliminado da competição, pois era a partida de volta, eliminatória. No jogo de ida, o 7 de Abril já havia perdido do Pérolas de 5 a 0.

A defesa, representada pelo Dr. Marcos Veloso, apresentou fotos e vídeos como provas, além de uma testemunha. Já procuradoria convocou o depoimento da delegada da partida.

Após a apresentação das provas da defesa, os auditores convocaram Julieta Reggi, delegada do jogo, para dar seu testemunho. Ela confirmou todas as informações descritas no relatório da partida. “Me foi comunicado que o local sofreu mudança para um campo ao lado, mas dentro do complexo do CEFAN. O time havia sido avisado e o treinador também. Eles já haviam chegado ao local. Porém, mesmo chegando atrasado, mas com tempo hábil para a realização do jogo, ele alegou que o campo marcado não era o mesmo e preferiu não colocar seu time para jogar”, revelou a delegada.

Segundo Julieta, o campo que foi indicado pelo mandante era apenas 5 minutos do outro, e no mesmo complexo. “Ficava apenas 900 metros do local do outro. A ambulancia, médico e arbitragem chegaram para o jogo dentro do tempo correto. Então, foi feito o protocolo de 15 minutos e mais 15 para, então, aplicar o W.O.”, completou.

O treinador do 7 de Abril, João Luis Sequeiros, confessou que sua equipe chegou ao complexo 2 horas antes da partida, mas discordou da forma como foi comunicado a mudança do campo. “Esse outro campo indicado pelo mandante não pertence ao CEFAN. Essas comunicações não podem ser feitas pelo telefone. Toda comunicação de mudança tem de ser feita pelo Departamento de Competições da FERJ e de forma oficial e formal”, alegou a testemunha de defesa.

Segundo João Luis, o Pérolas não utiliza mais o campo indicado, mas somente o Fluminense. “Todo complexo foi arrendado para uso do Flu. Ele não pertence mais ao Pérolas. Além disso, as dimensões do campo indicado não eram a correta e minhas atletas tiveram de trocar de roupa no carro, pois não fomos autorizados a entrar no local onde estava indicado o primeiro campo. Isso atrasou nossa preparação. Só consegui chegar no local correto, faltando 3 minutos para às 10 horas, horário que estava marcado o jogo”, disse o técnico.

O advogado de defesa, Dr. Marcos Veloso, frisou que o Pérolas descumpriu o Regulamento Geral de Competições (RGC) e o Regulamento Específico da Competição (REC) com a mudança do local. “Não se pode ligar para o outro horas antes do jogo e dizer que vai mudar o campo. Por ser uma competição que vale vaga no Campeonato Brasileiro (Série A3), o Pérolas fez as coisas às pressas, de qualquer maneira”, afirmou.

Apesar dos apelos da defesa, a 4ª Comissão Disciplinar, por maioria, entendeu que não houve bom senso do 7 de Abril, que a competição é realizada para fomentar a base do Futebol Feminino e que, se equipe estava no local e ainda havia tempo hábil para praticar o jogo, o time deveria ter entrado em campo, aplicando a multa de 100 reais e a desclassificação da competição.

Texto e fotos: Rodrigo Sullivan/Assessoria TJD-RJ
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