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Comissão muda imputação, mas pune Athyla por envolvimento em tumulto

Ex-Vasco nega que tenha dado um soco e pega uma partida, já cumprida em automática

17/07/2018

Comissão muda imputação, mas pune Athyla por envolvimento em tumulto

Athyla Pereira, do São Gonçalo, e Vinícius Carvalho, do Bonsucesso, foram expulsos após o término da partida válida pela sexta rodada da Taça Santos Dumont, Série B1, no dia 16 de junho. O árbitro disse na súmula que os dois participaram de uma confusão generalizada e deram socos nos adversários. Julgados pela Segunda Comissão Disciplinar, na noite desta terça-feira (17), ambos foram punidos com um jogo de suspensão.

O documento da partida narra que houve um tumulto e que Athyla e Vinícius teriam desferido socos em atletas não identificado pelo árbitro, que teve a visão atrapalhada pela desordem. Athyla, único presente no Tribunal e com advogado de defesa, negou que tenha agredido um oponente.

–  Começou uma discussão, no centro do campo, e eu fui tirar a minha equipe. Talvez no gesto de apartar, de puxar meus companheiros, pode ser que ele (árbitro) tenha entendido como uma agressão, mas não foi – desmentiu Athyla.

Tanto o primeiro denunciado, como o segundo, foram incursos no artigo 254-A I do CBJD, que trata de “praticar agressão física: desferir dolosamente soco, cotovelada, cabeçada ou golpes similares em outrem, de forma contundente ou assumindo o risco de causar dano ou lesão ao atingido”.

O relator do processo, Dr. Julião Vasconcelos, desclassificou as condutas para o artigo 250, por considerar “ato desleal ou hostil”, e aplicou uma partida para ambos. Os demais auditores acompanharam o voto. Assim, Athyla está liberado para enfrentar o América, nesta quarta-feira (18), às 15h, no Alzirão. O Bonsucesso já jogou e empatou em 1 a 1 com Barra da Tijuca, mas Vinícius também tinha condições de jogo.

Liga de Nova Friburgo x Liga de Guapimirim – Campeonato de Ligas Municipais Sub-17 – 9 de junho

Alan Trindade, árbitro da partida entre as Ligas de Nova Friburgo e de Guapimirim, foi denunciado pela Procuradoria do Tribunal por “deixar de relatar as ocorrências disciplinares da partida, prova ou equivalente, ou fazê-lo de modo a impossibilitar ou dificultar a punição de infratores, deturpar os fatos ocorridos ou fazer constar fatos que não tenha presenciado”. A denúncia narra que Alan expulsou dois atletas e na súmula apenas mencionou que a expulsão foi por falta tática impedindo ataque promissor.

O árbitro compareceu ao TJD para esclarecer que não preencheu o documento de jogo e contar como se deram os fatos.

– Fui convidado pelo diretor do Guapimirim para fazer esse jogo. Como eu não estava escalado pela Federação, aceitei, para complementar a renda. Quando chegamos lá, já tinha um mesário com posse da súmula e já tinham dois assistentes. Quando acabou o primeiro tempo, o mesário pediu os números de quem recebeu o cartão. Ao término da partida, teve um problema com torcedores. Eu e os assistentes tivemos que correr para o vestiário e nos trancamos. O mesário tentou acalmar os ânimos, já que ele era da região. Nós ficamos acuados aguardando, quando ele sugeriu que saíssemos por outro lado, direto para os nossos carros e disse que a súmula era de responsabilidade deles. No dia seguinte o presidente da Liga me ligou pedindo desculpas pelo ocorrido – contou Alan, negando que tenha assinado o documento.

Pela alegação em depoimento de que a assinatura na súmula não é de Alan, o relator pediu a suspensão do julgamento para que o procurador-geral, Dr. André Valentim, tome as devidas providências diante dos fatos novos apresentados na audiência.

Carapebus x São Gonçalo – Carioca Série B1 Sub-20 – 20 de junho

O jogador do Carapebus, Diego do Espírito Santo, deu um toque por trás nas pernas do adversário, impedindo um ataque promissor, aos 12 minutos do segundo tempo. Com mais mais um cartão amarelo, o atleta foi expulso e denunciado no artigo 250 do CBJD, por “praticar ato desleal ou hostil”. Diego foi punido com uma partida, por unanimidade de votos.

Barra da Tijuca x América – Carioca Série B1 Profissional – 20 de junho

Por “praticar jogada violenta: qualquer ação cujo emprego da força seja incompatível com o padrão razoavelmente esperado para a respectiva modalidade”, conforme prevê o artigo 254 §1º I do CBJD, Erick Brendon, do Barra da Tijuca, foi absolvido, com empate de votos que prevaleceu o voto mais benéfico.

O atleta foi expulso aos 43 minutos do segundo tempo, com aplicação do cartão vermelho direto, por acertar um tapa por trás no pescoço do adversário, com uso de força excessiva.

A Procuradoria pediu a desclassificação para o artigo 254-A, por considerar ter havido uma agressão, mas os auditores não acolheram e votaram de acordo com a imputação inicial.

Unisouza x Projeto do Lagartixa – Amador da Capital Sub-15 – 23 de junho

O Projeto Futuro do Lagartixa foi multado em R$ 3 mil por não comparecer ao jogo. O W.O. foi julgado com base no artigo 203 do CBJD, que fala em “deixar de disputar, sem justa causa, partida, prova ou o equivalente na respectiva modalidade, ou dar causa à sua não realização ou à sua suspensão”. A decisão foi unânime.

Friburguense x Serrano – Carioca Série B1 Sub-20 – 23 de junho

Ao final do jogo, Daniel Felipe, atleta do Serrano, reclamou de uma marcação da arbitragem proferindo: “p*, está de sacanagem?”. Em ato contínuo, o jogador deu um chutão na bola. A Procuradoria denunciou Daniel nos artigos 258, “assumir qualquer conduta contrária à disciplina ou à ética desportiva”, e 250. A Comissão resolveu absolver no 250 e dar duas partidas no 258, como uma conduta.

Duque de Caxias x Carapebus – Carioca Série B1 Sub-20 – 23 de junho

Pedro Henrique acertou um pontapé no tornozelo do oponente e recebeu o segundo cartão amarelo, ensejando a expulsão. O jogador do Duque de Caxias respondeu pelo artigo 254 § 1º II do CBJD, “atuação temerária ou imprudente na disputa da jogada, ainda que sem a intenção de causar dano ao adversário” e, com unanimidade, pegou uma partida.

Artsul x Angra dos Reis – Carioca Série B1 Sub-20 – 16 de junho

Aos 18 minutos do segundo tempo, Paulo Henrique foi expulso com um novo amarelo. O jogador do Angra dos Reis atingiu o tornozelo do oponente com um carrinho, próximo à área penal. Denunciado no artigo 254, Paulo foi punido com uma partida, por unanimidade de votos.

Elise Duque/Assessoria TJD-RJ

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